Toda criança tem o direito de brincar! Parece estranho dizer
isso, mas a brincadeira infantil é um direito inclusive garantido pelas
organizações internacionais que regulamentam os direitos humanos.
Na Convenção sobre os Direitos da Criança (ONU) ficou
estabelecido no artigo 31 (CDC): “a criança tem direito ao descanso e lazer, ao
divertimento e às atividades recreativas próprias da idade, bem como à livre
participação na vida cultural e artística.”
Segundo Friederich Froebel, em seu livro “The
education of man”, A brincadeira é a maior expressão do desenvolvimento
humano na infância, pois é a expressão livre do que vai na alma da criança.
O brincar contém o mundo e ao mesmo tempo contribui para
expressá-lo, pensá-lo e recriá-lo; amplia os conhecimentos da criança sobre si
mesma e sobre a realidade ao seu redor.
Brincar com o outro é uma experiência de cultura e um
complexo processo interativo e reflexivo que envolve a construção de
habilidades, conhecimentos e valores sobre o mundo.
A brincadeira permite que as crianças expressem o que sentem
e pensam sobre o mundo de uma forma própria e, por meio das brincadeiras,
aproximam-se da sua cultura, criam e reinventam sua própria realidade, fazem
escolhas, tomam decisões, experimentam,
investigam e exploram.
Mas, do que brincam nossas crianças? Será que a brincadeira
com armas, os jogos com enfoque na resolução violenta de conflitos, enfim, as
brincadeiras violentas não podem interferir negativamente na formação da criança
levando-a a agir de forma violenta frente a uma possível frustração?
Podemos observar claramente como a ação violenta é tratada
naturalmente na brincadeira infantil mas, será que essa forma apresentada a ela
de agir no mundo é a mais correta? Não poderíamos fazer diferente?
Segundo Margaret Mead: "a guerra é uma invenção
igual a quaisquer outras invenções pelas quais ordenamos nossas vidas, tais
como escrever, casar-se, cozinhar nosso alimento em lugar de comê-lo cru, o
julgamento por jurados, o enterro dos mortos, etc.". Mas, se podemos ensinar
a guerra não deveríamos também ensinar a “não guerra”?
É por isso que no Manifesto de Sevilha (1986) podemos
ver escrito (e queremos enfatizar): “a biologia não condena a humanidade à
guerra; a mesma espécie que inventou a guerra pode inventar a paz”.
Vivemos em uma sociedade cada dia mais violenta e, por conta
disso, aprender que os conflitos são um elemento importante de todo grupo
humano e instrumentalizar crianças, jovens e adultos para a resolução
não-violenta dos mesmos é palavra de ordem.
Ensinar a tolerância com a diversidade, a não estereotipia e
o manejo da agressividade,
Oportunizando, no
espaço escolar boas experiências de convivência pluricultural deve ser não a
excessão mas a regra do cotidiano escolar
Justificativa:
Dentro dessa perspectiva, justificam-se todas as ações que
possam promover o envolvimento da comunidade (incluindo-se a comunidade escolar
e até as crianças) em ações voltadas para uma Cultura de paz
Objetivos:
Levantar a discussão
junto aos pais de alunos, professores, alunos e a comunidade como um todo sobre
o tema do comportamento violento como uma forma de aprendizagem e da não
violência como atitude que também pode ser aprendida.
Apresentar, através do ato simbólico de entrega das armas e
outros itens inspiradores de atos violentos, uma proposta diferente de como
lidar com as raivas e frustrações do dia a dia com o enfoque na não violência.
Incluir no calendário da escola uma semana em que se discuta
o tema da não violência dentro da proposta de “uma cidade educadora” ampliando
o conceito para a educação para a paz.
Resultados esperados:
Esperamos com essas ações promover uma maior conscientização
dos pais, educadores e da população em geral quanto a importância de estarmos
atentos aos conceitos que apresentamos as crianças e como esses podem
interferir positivamente ou não na forma como as mesmas irão se portar frente
as frustrações.
Público alvo:
Todas as Crianças da cidade de Uberlândia, em especial
aquelas com idade entre 06 e 14 anos
matriculados nas escolas da cidade.
Familiares das crianças protagonistas das ações que se
disponham a se envolverem nas discussões suscitadas pelo programa.
Comunidade escolar como um todo e moradores do entorno da
escola que se dispuserem a participar da ação.
Data
|
Ação
|
Responsáveis
|
Recursos
necessários
|
31 de Março
|
Lançamento da
campanha com Mobilização das escolas da cidade e da comunidade em torno da proposta com
apresentação do tema aos professores e direção da escola
|
Secretaria de Prevenção ás Drogas, Secretaria de
Educação, Voluntários e Parceiros
|
Funcionário
das secretarias envolvidas com acesso a direção das escolas, motorista com
veículo disponível, cartazes, folderes e panfletos da campanha.
|
01 a 08 de abril
|
Produção de material (cartazes) com os alunos das
escolas sobre o tema
|
Secretaria de Educação (inserir a atividade no
horário escolar)
|
Disponibilizar horário curricular para a
atividade de produção dos alunos com o apoio do professor
|
11 de Abril
18:00h
|
Mesa Redonda
“Criança Vê, Criança Faz: ensinando pelo exemplo”
|
Secretaria de Prevenção ás Drogas, Secretaria de
Educação, Parceiros, Voluntários e Debatedores convidados.
Informações: 3239-2736
Inscrições : diretoriadeprevencaoasdrogas@uberlandia.mg.gov.br
|
Auditório, coffe breack, pessoal de apoio.
Local:
Auditório Cícero Diniz, Prefeitura Municipal de Uberlândia - Av anselmo Alves dos Santos, 600
|
14 de Abril
|
Troca de armas de brinquedo, jogos, filmes
violentos pelos livros e cupons para o sorteio
|
Secretaria de Prevenção ás Drogas, Secretaria de
Educação, Professores das escolas, Voluntários e Parceiros
|
Pessoal de apoio, brindes para a troca, brindes
para o sorteio e cupons
|
15 de abril
14:30
|
Ato simbólico
de destruição dos brinquedos e jogos violentos e sorteio de prêmios
|
Secretaria de Prevenção ás Drogas, Secretaria de
Educação, Professores das escolas, Voluntários e Parceiros.
|
Local para o
evento, Palco, aparelhagem de som e vídeo, Pessoal de apoio, prêmios a serem
sorteados,
Local: Mundo
da Criança – no Parque do Sabiá
|
OBS: A entrega dos objetos recolhidos poderá ser na
Secretaria Municipal de Prevenção às Drogas e Segurança Cidadã, ou solicitada
pelo telefone 3239-2736.