05/04/2016

Semana do Desarmamento Infantil

Toda criança tem o direito de brincar! Parece estranho dizer isso, mas a brincadeira infantil é um direito inclusive garantido pelas organizações internacionais que regulamentam os direitos humanos.
Na Convenção sobre os Direitos da Criança (ONU) ficou estabelecido no artigo 31 (CDC): “a criança tem direito ao descanso e lazer, ao divertimento e às atividades recreativas próprias da idade, bem como à livre participação na vida cultural e artística.”
Segundo Friederich Froebel, em seu livro “The education of man”, A brincadeira é a maior expressão do desenvolvimento humano na infância, pois é a expressão livre do que vai na alma da criança.
O brincar contém o mundo e ao mesmo tempo contribui para expressá-lo, pensá-lo e recriá-lo; amplia os conhecimentos da criança sobre si mesma e sobre a realidade ao seu redor.
Brincar com o outro é uma experiência de cultura e um complexo processo interativo e reflexivo que envolve a construção de habilidades, conhecimentos e valores sobre o mundo.
A brincadeira permite que as crianças expressem o que sentem e pensam sobre o mundo de uma forma própria e, por meio das brincadeiras, aproximam-se da sua cultura, criam e reinventam sua própria realidade, fazem escolhas, tomam decisões,  experimentam, investigam e exploram.

Mas, do que brincam nossas crianças? Será que a brincadeira com armas, os jogos com enfoque na resolução violenta de conflitos, enfim, as brincadeiras violentas não podem interferir negativamente na formação da criança levando-a a agir de forma violenta frente a uma possível frustração?
Podemos observar claramente como a ação violenta é tratada naturalmente na brincadeira infantil mas, será que essa forma apresentada a ela de agir no mundo é a mais correta? Não poderíamos fazer diferente?
Segundo Margaret Mead: "a guerra é uma invenção igual a quaisquer outras invenções pelas quais ordenamos nossas vidas, tais como escrever, casar-se, cozinhar nosso alimento em lugar de comê-lo cru, o julgamento por jurados, o enterro dos mortos, etc.". Mas, se podemos ensinar a guerra não deveríamos também ensinar a “não guerra”?
É por isso que no Manifesto de Sevilha (1986) podemos ver escrito (e queremos enfatizar): “a biologia não condena a humanidade à guerra; a mesma espécie que inventou a guerra pode inventar a paz”.
Vivemos em uma sociedade cada dia mais violenta e, por conta disso, aprender que os conflitos são um elemento importante de todo grupo humano e instrumentalizar crianças, jovens e adultos para a resolução não-violenta dos mesmos é palavra de ordem.
Ensinar a tolerância com a diversidade, a não estereotipia e o manejo da agressividade,
 Oportunizando, no espaço escolar boas experiências de convivência pluricultural deve ser não a excessão mas a regra do cotidiano escolar

Justificativa:
Dentro dessa perspectiva, justificam-se todas as ações que possam promover o envolvimento da comunidade (incluindo-se a comunidade escolar e até as crianças) em ações voltadas para uma Cultura de paz

Objetivos:
 Levantar a discussão junto aos pais de alunos, professores, alunos e a comunidade como um todo sobre o tema do comportamento violento como uma forma de aprendizagem e da não violência como atitude que também pode ser aprendida.
Apresentar, através do ato simbólico de entrega das armas e outros itens inspiradores de atos violentos, uma proposta diferente de como lidar com as raivas e frustrações do dia a dia com o enfoque na não violência.
Incluir no calendário da escola uma semana em que se discuta o tema da não violência dentro da proposta de “uma cidade educadora” ampliando o conceito para a educação para a paz.

Resultados esperados:
Esperamos com essas ações promover uma maior conscientização dos pais, educadores e da população em geral quanto a importância de estarmos atentos aos conceitos que apresentamos as crianças e como esses podem interferir positivamente ou não na forma como as mesmas irão se portar frente as frustrações.

Público alvo:
Todas as Crianças da cidade de Uberlândia, em especial aquelas com idade entre 06 e  14 anos matriculados nas escolas da cidade.
Familiares das crianças protagonistas das ações que se disponham a se envolverem nas discussões suscitadas pelo programa.
Comunidade escolar como um todo e moradores do entorno da escola que se dispuserem a participar da ação.


Data
Ação
Responsáveis
Recursos necessários
31 de Março
Lançamento da campanha com Mobilização das escolas da cidade e  da comunidade em torno da proposta com apresentação do tema aos professores e direção da escola
Secretaria de Prevenção ás Drogas, Secretaria de Educação,  Voluntários e Parceiros
Funcionário das secretarias envolvidas com acesso a direção das escolas, motorista com veículo disponível, cartazes, folderes e panfletos da campanha.
01 a 08 de abril
Produção de material (cartazes) com os alunos das escolas sobre o tema
Secretaria de Educação (inserir a atividade no horário escolar)
Disponibilizar horário curricular para a atividade de produção dos alunos com o apoio do professor
11 de Abril
18:00h
Mesa Redonda “Criança Vê, Criança Faz: ensinando pelo exemplo”
Secretaria de Prevenção ás Drogas, Secretaria de Educação, Parceiros, Voluntários e Debatedores convidados.
 Informações: 3239-2736

Auditório, coffe breack, pessoal de apoio.
Local: Auditório Cícero Diniz, Prefeitura Municipal de Uberlândia  - Av anselmo Alves dos Santos, 600
14 de Abril
Troca de armas de brinquedo, jogos, filmes violentos pelos livros e cupons para o sorteio
Secretaria de Prevenção ás Drogas, Secretaria de Educação, Professores das escolas, Voluntários e Parceiros
Pessoal de apoio, brindes para a troca, brindes para o sorteio e cupons
15 de abril
14:30
Ato simbólico de destruição dos brinquedos e jogos violentos e sorteio de prêmios
Secretaria de Prevenção ás Drogas, Secretaria de Educação, Professores das escolas, Voluntários e Parceiros.
Local para o evento, Palco, aparelhagem de som e vídeo, Pessoal de apoio, prêmios a serem sorteados,
Local: Mundo da Criança – no Parque do Sabiá


OBS: A entrega dos objetos recolhidos poderá ser na Secretaria Municipal de Prevenção às Drogas e Segurança Cidadã, ou solicitada pelo telefone 3239-2736.